quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

The Crowley Conection

Londres, 29 de Novembro de 1928

Os investigadores buscam informações a respeito do paradeiro de Alexander Roby em vão. O poeta parece ter desaparecido no ar.

Ainda no hospital, Howard encontra uma nota de rodapé na Occult magazine:
LAWRENCE BACON
(1866-1928)
Lawrence Bacon, residente de Islington, Norte de Londres, faleceu poucos dias atrás. O Sr. Bacon era um negociante de antiguidades, sobretudo livros raros, especializado em ocultismo, filosofia, teologia e temas semelhantes. Alguns leitores podem se recordar de sua loja situada na Liverpool Road ou a respeito da maneira incomum dele conduzir seus negócios.

O Sr Bacon era um velho conhecido, de fato pertencemos ao mesmo clube em Londres. Um senhor distinto, com vasto conhecimento e intrigante comportamento. Sua morte foi repentina e ainda não explicada.

“Perdurabo”

O escritor imediatamente se recorda da pessoa que assina a nota: "Perdurabo" é o nome adotado por ninguém menos que seu desafeto, o ocultista Aleister Crowley. Ao que tudo indica, Crowley teria conhecido Lawrence Bacon. O autor envia um telegrama a Crowley e marca um encontro no Restaurante Constantines, na Strand.

Londres, 30 de Novembro de 1928

Howard se encontra com Crowley no restaurante e o controverso ocultista se mostra mais acessível embora não menos sardônico. Ele chama Bacon de "dono de loja" e diz que ambos fizeram parte da Sociedade Hermética conhecida como Golden Dawn.

Howard consegue obter boas informações a respeito da Irmandade do Símbolo Amarelo e seus membros. Crowley afirma ter sido convidado a fazer parte dessa sociedade, mas não se interessou na ocasião por estar ocupado com a fundação de sua própria sociedade teosófica, a Telema. Ele afirma que Montague Edwards, era um amigo pessoal de Bacon, os dois praticavam vários rituais juntos. Edwards era um promissor membro da Dawn, mas havia rumores que ele praticava bruxaria e magia negra. Segundo Crowley, Edwards possui uma casa de campo em uma propriedade próxima a sua na Escócia, mais especificamente às margens de Loch Ness. O local é conhecido como Loch Mullardoch e pertence a Edwards que detém o título de Lord.

Crowley também sabe a respeito do professor Malcolm Quarrie. Este teria se aproximado dele em Milão no ano passado e feito o convite para ele ingressar na filial italiana da ordem, "Il Fratelli del Signo Giallo". Crowley não pôde ir à reunião pois estava com viagem marcada para a Sicília de modo que não chegou a encontrar Qaurrie pessoalmente.

Satisfeito com as informações obtidas, Howard se despede de Crowley e procura os demais investigadores.

Tudo indica que Edwards e Roby estão na Escócia, em Loch Mullardoch.

Herefordshire

28 de Novembro 1928

Logo pela manhã, os investigadores encontram uma tenebrosa manchete no jornal:

NOITE DE TERROR EM HEREFORDSHIRE

INCÊNDIO CONSOME MANICÔMIO
Oito vidas perdidas para as chamas

Em uma terrível e chocante tragédia, oito pessoas perderam as suas vidas e outras tantas ficaram feridas, quando o renomado Asilo St. Agnes em Herefordshire se incendiou na noite de ontem. A tragédia aconteceu durante a madrugada e aparentemente se iniciou na caldeira do antigo prédio espalhando-se com enorme rapidez para o pavimento superior. O St. Agnes é um dos mais conceituados asilos para mentalmente perturbados da Inglaterra, uma instituição respeitada e devotada à tarefa de promover a cura de indivíduos afligidos por problemas dessa natureza. O diretor da Instituição, Dr. Charles Highsmith, figura ilustre na comunidade médica britânica, ficou levemente ferido durante o incêndio.

Havia 18 internos no St. Agnes, na ocasião do incêndio, o staff de 12 funcionários também estava no prédio. O alerta de incêndio foi dado a uma da manhã e os funcionários correram para acudir os pacientes. Houve pânico e correria. Segundo relatos, alguns internos estavam trancados em seus quartos e ficaram impedidos de escapar. O corpo de bombeiro de Heresfordshire foi chamado às pressas, mas quando finalmente os carros de água chegaram as chamas já consumiam boa parte da estrutura.

De acordo com informações concedidas pelo Dr. Highsmith, entre os mortos estão cinco pacientes e três funcionários do asilo. O nome das vítimas está sendo mantido em sigilo até que as famílias sejam devidamente informadas. Considerando a proporção do incêndio e os danos causados, as perdas humanas poderiam ter sido muito maiores. Os feridos contabilizam 14 indivíduos, a maioria com intoxicação por fumaça e queimaduras leves. Todos foram removidos para hospitais da região onde estão recebendo tratamento adequado. A maior parte dos arquivos de pacientes foi destruída pelo incêndio que devastou a ala norte do prédio produzindo danos significativos à propriedade.

O Chefe da Brigada de Incêndios, disse que estará em contato com a polícia para averiguar a possibilidade de o fogo ter sido provocado intencionalmente. Segundo ele, ainda é cedo para fazer qualquer especulação nesse sentido. Os internos não tinham autorização para descer à sala da caldeira, que ficava sempre trancada quando em funcionamento. O mais provável relatou uma fonte extra-oficial é que o fogo tenha se iniciado com uma fagulha e se espalhado para o depósito de lenha.

Matéria do Daily News.

Imediatamente, os investigadores buscam notícias sobre Alexander Roby. Incapazes de encontrar qualquer notícia, Noah, Pietro, Sterne, Lydia e Patrick resolvem ir até Herefordshire para saber o que aconteceu.

O cenário no que restou do St Agnes é desolador. O prédio foi quase inteiramente consumido pelas chamas e parte da estrutura ameaça desabar. Alguns bombeiros dizem que o Dr. Highsmith está no centro médico de Hereford, assim como a maioria dos internos feridos ou intoxicados pela fumaça.

No centro eles encontram o Dr. Highsmith e ficam sabendo que Roby está entre os desaparecidos e que provavelmente não conseguiu sobreviver, pois estava trancado em seu quarto durante o incêndio. O diretor não imagina como o fogo pode ter se iniciado, o Sanatório era totalmente seguro. Ele também não acredita que o fogo possa ter sido causado por algum interno.

O Dr. Sterne se oferece para ajudar no tratamento das vítimas e acaba encontrando o Sr. Lucius Halliwell, o interno que ocupava o quarto em frente ao de Roby. Sterne consegue convencê-lo a contar o que viu na noite do incêndio. Segundo Halliwell, Roby não morreu trancado em seu quarto, ele foi retirado pouco antes pelo enfermeiro Evans.

Evans teria dito que "Edwards e os outros o estavam esperando no Norte" e que "o momento havia chegado". O nome de Evans está entre os desaparecidos durante a trágédia.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Três dias

24 de Novembro 1928

Os investigadores se reúnem no London Hotel para trocar informações sobre o que cada grupo descobriu no dia anterior. Chocados, eles descobrem que as atividades da Irmandade do Símbolo Amarelo são verdadeiras e não fruto da loucura de seus líderes.

Hioward é levado ao hospital para receber tratamento pelos seus ferimentos causados por um byakhee em Clare Melford.
Noah dá início a leitura do Revelações de Carcosa, enquanto Patrick O´Malley consulta o King in Yellow.
25 de Novembro de 1928
O Dr. Sterne recebe uma segunda carta escrita por seu misterioso correspondente:
Caro amigo,

Eu devo lhe agradecer por ter confrontado Bacon. Imagino que deve ter sido difícil levar à cabo essa tarefa, mas saiba que foi o mais correto a ser feito. Bacon afinal, era um homem terrível. Mais do que nunca, agora sei que posso confiar no senhor e em seus companheiros como pessoas realmente comprometidas em uma causa comum: Deter os Irmãos do Símbolo Amarelo.

O senhor sabe agora do que eles são capazes. Bacon era um membro importante, mas nem de longe o mais perigoso dentre eles. Edwards o tinha em alta conta e agora, deve ter de repensar a sua estratégia.

Edwards está no córner, por assim dizer, e isso pode levá-lo a atitudes drásticas. Ele investiu muito nesses planos e não é o tipo de pessoa que se afasta de seus objetivos.

Eu vou deixar Londres por um tempo e estarei impedido de falar com o senhor. Devo retornar para minha cidade natal e confabular com Atkinson e Hillary. Devemos estar prontos para qualquer eventualidade, sobretudo caso Edwards faça algo temeroso como invocar uma vez mais aquele a quem seguem...

Devemos estar prontos e confiar nos Deuses Britânicos, pois eles não nos abandonarão.

Quando possível, entrarei em contato para que possamos nos encontrar pessoalmente.

Seu criado,
Wilfred Grey
No mesmo dia, os investigadores experimentam uma forte hostilidade por parte de seus oponentes. Noah recebe uma ameaça de Luman e por pouco não embarca em um taxi dirigido pelo misterioso assassino do Dr. Trollope. Alan é vítima de um tipo de brincadeira de mau gosto quando centenas de borboletas amarelas aparecem durante um ensaio no Teatro. O estúdio na casa de Howard e parte de sua biblioteca são destruídos. William Murdoch é atacado em sua própria casa e por pouco consegue escapar de um vulto alado que tenta capturá-lo.
Temerosos da situação, os investigadores se agrupam no ambiente mais seguro do Hotel Plaza em Londres.
26 de Novembro de 1928
O Dr. Sterne tenta entrar em contato com o Dr. Charles Highsmith no Asilo st. Agnes para que possam conversar novamente com Alexander Roby. O médico explica que Roby está isolado em seu quarto e que dado seu estado de agitação não pode receber visitas. Ele agradece a preocupação do colega.

A polícia continua investigando o desaparecimento de Bacon. Os jornais publicam que duas propriedades do antiquário foram alvo de vandalismo. Sua casa em islington foi invadida e a casa no SoHo incendiada.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Handout: Livros na casa de Bacon

O Rei Amarelo:

Publicado originalmente em 1860, a primeira edição contou com 500 cópias, das quais restaram pouco mais de dez, todas em coleções particulares. O governo de Napoleão III decretou a apreensão e destruição de todos os volumes. Ainda hoje o livro é proibido na França. A versão em inglês foi publicada em 1895 em uma encadernação em octavo de cor preta trazendo na capa o símbolo amarelo. O livro possui 180 páginas apresentando a peça original “O Rei Amarelo” conforme escrita e encenada por Castaigne.

O livro é uma compilação dos eventos que se abateram sobre a Terra de Ythril, conquistada pelo Rei Amarelo. Não fica claro se os eventos são uma mera alegoria ou uma narrativa de fatos verídicos. O texto serviu como base para a peça “A Rainha e o estranho”.

Revelações de Carcosa:

Escrito em inglês, este volume de 300 páginas foi publicado em 1890 em uma tiragem de meras cem cópias. O nome do autor não é mencionado.

A introdução explica que o livro foi traduzido a partir de escritos encontrados em uma escavação arqueológica no Norte da Índia no fim do século XIX. O texto original estava gravado em placas de argila que foram traduzidas ao longo de um extenso processo de decodificação. Os sacerdotes de Drakmar teriam escrito os textos.


O livro apresenta uma série de lendas, orações e elegias sobre uma mesma entidade chamada de Kaiwan, Rei Amarelo e em alguns momentos de Hastur, o Inominável,

A entidade é apresentada como um ser de enorme poder e influência que habita um planeta sem nome girando ao redor da Estrela Rubra de Aldebaram. Ela estaria presa sob as águas escuras do Lago de Hali e poderia deixar esse aprisionamento apenas se invocado e mesmo assim por um curto período de tempo. A entidade tem diferentes aspectos, sendo as duas manifestações mais recorrentes o Rei Amarelo, uma divindade de forma humana presente em lendas de várias culturas e Hastur, uma manifestação alienígena e bestial.

O livro relata uma Profecia a respeito da materialização da Cidadela de Carcosa na Terra. Esta só poderá se concretizar quando o olhar de Kaiwan se voltar para a Terra. Quando Carcosa for trazida, um dos aspectos de Kaiwan poderá ser chamado para nosso mundo permanentemente. Se o Rei Amarelo for invocado, virá para dominar e submeter toda a humanidade à sua vontade como ocorreu com Ythril. A vinda de Hastur segundo alguns antecipará o Despertar dos Antigos.

Magias: Visions of Carcosa and Beyond, Song of the Hidden Secrets, Wail of the Unspekable One, Call the Steed from the Stars, Unspekable Pact, Secret Sigil, Aldebaran Rising, Enchant Steed Whistle e Create Bell of Destiny.

Deep in the Channel (continuação)

Com Bacon morto, os investigadores retornam para a loja de antiguidades na Liverpool Road decididos a revirar a casa em busca de pistas.

Patrick e Lydia que esperavam o retorno dos demais no pub, vêem que eles voltam claramente alterados. Noah parece descontrolado, ele deixa o carro e corre para a casa tentando destrancar as portas e ganhar acesso. Em seu ânsia acaba quebrando uma chave no cadeado. (olha o roll de 00!)
A vasta coleção de antiguidades na casa de Lawrence Bacon
Os investigadores conseguem finalmente arrombar o portão e entram na casa a fim de vasculhar o lugar. Lydia e Patrick tentam obter explicações, mas os outros não falam coisa com coisa. Pietro começa a vasculhar o mostruário do primeiro andar enquanto os demais invadem a casa em busca de pistas sobre as atividades de Bacon e dos "Irmãos do Símbolo Amarelo".
No segundo pavimento da casa, Noah encontra uma biblioteca e começa a procurar livros importantes. Patrick acaba localizando um exemplar do Rei Amarelo, escrito em inglês. O pianista recolhe o livro em seu paletó.

Mas é em um estúdio trancafiado à chave que os investigadores encontram pistas mais valiosas. Um antigo tomo chamado Revelações de Carcosa repousa sobre uma escrivaninha entulhada de papéis. Nela descobrem também uma estranha caixa de madeira polida encerrando um tipo de sino de bronze com o símbolo amarelo em relevo. Noah recolhe esses artefatos. No estúdio Lydia encontra uma placa de metal com estranhos dizeres e se apodera dela:

Diante de ti, Lorde da distante Aldebaram.
Ofereço minha eterna devoção,
Minha carne e meu sangue,
Minha alma e espírito.

Redijo aqui a minha proposta,
Assino o Pacto Inominável diante do Mestre de Hali.
Para honrá-lo de livre vontade.
Vinde a mim. Eu uso o nome proibido com a autoridade daquele que professa o acordo:
Vinde HASTUR!

Eu: o mudo, o manco, o tolo, o fraco, o vazio.
Tornai meus anseios verdades.
Tornai minhas aspirações realidade.
Unge meu corpo com vosso poder.
Oh Senhor de Aldebaram!

Aqui diante de ti, abraço o Símbolo Amarelo.
Me posto de joelhos e beijo vosso manto.
Hali me comanda, e um dia me terá por inteiro.
Para sempre serei vosso servo.
E, para sempre serei vosso servo.

Todos os objetos são recolhidos às pressas pelos investigadores que em seguida voltam para o carro deixando Islington em disparada. os horrores dessa noite entretanto jamais serão esquecidos por eles.

Deep in the Channel

Em Londres, os investigadores planejam seu curso de ação. Eles decidem montar guarda nas proximidades da casa de Bacon de onde podem observar os movimentos. Patrick O´Malley e Lydia Barker mantém a observação de um pub.

Às 11 horas da noite, Luman aparece na porta da casa, ele sai e tranca tudo. Em seguida, dirige-se até uma casa vizinha onde abre um grande portão. De lá sai conduzindo uma carruagem antiquada com dois cavalos. Luman para a carroça diante da casa e logo Bacon surge entrando no veículo.


Os investigadores se preparam para seguir a carruagem de carro. Patrick e Lydia no entanto, se separam dos demais para investigar a casa de onde a carruagem saiu. Infelizmente não encontram nada ali, a não ser um estátubo onde a carruagem era mantida.


Pietro, Noah e William Murdoch seguem o mais cuidadosamente possível o veículo mantendo uma distância segura. Eles percebem que ela se dirige para o SoHo. Finalmente, a carruagem para na Cannal Street. Bacon desce e entra em uma casa de dois andares às margens do Canal,a luz do segundo andar se acende. Luman parte.


Murdoch estaciona o carro na rua deserta. Ele e Noah verificam o lugar e se é possível arrombar a porta. Alguns minutos depois, o som de cascos é ouvido. A carruagem está retornando! Noah e William voltam correndo para o carro enquanto Pietro assiste a cena angustiado de um beco. Luman para novamente na frente da casa e de dentro da carruagem desce uma moça com trajes chamativos, sem dúvida uma prostituta. Luman vê a jovem entrar na casa, enquanto observa o carro parado a alguns metros de distância. O criado parece desconfiado e desce para averiguar. Dentro do carro, William e Noah ouvem os passos do homem se aproximando. Pietro percebe que ele saca uma adaga no cinto e resolve agir, o italiano sai de seu esconderijo e avança na direção de Luman sacando a pistola e pressionando-a contra as costelas do criado. O homem parece surpreso e não tem tempo de reagir. William e Noah descem do carro e ajudam o italiano a dominar Luman que é amarrado, amordaçado e colocado no porta malas do carro. William dirige até um beco onde o criado é abandonado desfalecido. Noah apanha a adaga de Luman para usá-la como arma.

Em seguida, os três planejam invadir a casa vizinha e entrar na casa de bacon pelos fundos. Pietro consegue forçar a porta da frente silenciosamente. O trio consegue saltar o muro para o outro lado e entra pela sacada do segundo andar. Lá dentro, ouve-se um som gutural como uma espécie de oração em um idioma desconhecido, há também uma estranha luminosidade avermelhada. Na entrada do quarto eles surpreendem Lawrence Bacon. Sua nudez revela tatuagens medonhas em todo o corpo com símbolos arcanos, inclusive o Símbolo Amarelo. A luz avermelhada emana de seus olhos. Ele segura a jovem imóvel enquanto posiciona a sua boca a alguns centímetros da boca da jovem. Um tipo de fumaça parece emanar da boca dela sendo aspirada pelo antiquário. A vitalidade da jovem parece estar sendo drenada, pois suas feições vão envelhecendo diante dos olhos atônitos dos investigadores..


Noah reage furiosamente abrindo a porta e avançando sobre Bacon para salvar a mulher. William segue o colega e tenta golpear o antiquário. Pietro aproveita a oportunidade para dar dois tiros certeiros no cultista. Bacon fica incrédulo e solta um gemido. Em seguida uma transformação medonha tem lugar diante dos olhos dos incrédulos investigadores: o corpo de Bacon começa a se desfazer, se liquefazendo em segundos dando lugar a uma massa de carne amorfa e medonha que muda de forma como se fosse feita de argila. Tentáculos, bocas e membros surgem da massa amorfa apenas para serem absorvidos em seguida.


A coisa investe com tentáculos que se transformam em braços e tentam agarrar William. Noah investe com a adaga enquanto Pietro não para de atirar com a pistola. A dramática batalha se desenrola enquanto a coisa que até então tinha a forma de Bacon se arrasta pelo chão deixando um repulsivo rastro sangrento. Um último golpe de Noah rasga a criatura, bocas surgem em meio a carne gritando enquanto ela cessa de se mover. A coisa está morta!

Os investigadores, transtornados pelo horror que testemunharam entram no carro e fogem em disparada. William e Pietro ajudam a jovem desmaiada, eles fogem em seguida, Noah lembra antes de pegar as chaves da casa de Bacon que estavam no seu casaco.

domingo, 23 de novembro de 2008

High in the Mound (continuação)

A fazenda parece deserta. Ninguém responde ao som da buzina e nem os cães que latiam insistentemente estão à vista. Há algo de estranho no ar e Nate pula a cerca para averiguar. Os demais decidem seguir o detetive. A casa está deserta, bem como o celeiro. Uma nuvem de poeira se ergue por detrás de um morro dentro dos limites da fazenda.
Um inocente morro dentro da fazenda Jennings

Os investigadores contornam a trilha que leva ao morro, onde observam nove estranhos monolitos posicionados no topo. Os monolitos de granito tem 4 metros de altura, um deles está tombado destruído por dinamite. Howard se aproxima para investigar com mais cuidado e percebe que há uma inscrição em latim gravada no alto de cada monolito. Traduzindo cada inscrição, têm-se a seguinte passagem:

Ansiosos, erguemos nossas faces para o firmamento,
Aguardando a visão de Aldebaram
Despontando, em toda sua glória.
Nossos olhos buscam as hostes voadoras,
Erguemos nossas mãos em louvor,
Cantamos a canção das Esferas distantes,
Nove pilares cravados no solo consagrado.
Retorne Hastur! Atenda nosso chamado!
Ia! Grande Senhor de Hali! Venha nos guiar!

Arjuna encontra a espingarda de Jennings caída no alto do morro. Nathaniel verifica que há cargas de dinamite presas nos monolitos, aparentemente o fazendeiro planejava demolir o restante das pedras. Ao mesmo tempo, Morrison e Lawrence percebem que a vegetação na fazenda é cinzenta e doentia. Nate sugere que o melhor a se fazer é demolir os monolitos, e se propõe a dispor os explosivos e acender o pavio. O grupo se protege no galpão enquanto o detetive faz os preparativos finais e corre para se juntar aos demais.

A explosão coloca abaixo quatro monolitos e os investigadores comemoram quando do céu surgem três criaturas aladas saídas do pesadelo de um lunático. Os monstros investem furiosamente atacando com garras afiadas. Pembry fica paralizado, mas os investigadores embora aterrorizados conseguem reagir.
A batalha é feroz, Arjuna derruba um deles com um disparo certeiro da espingarda. Nate, Malone e o Dr. Sterne atiram sem parar e conseguem ferir os outros dois. Ralph é arranhado nas costas e Alan o ajuda a se proteger dentro do galpão. Por fim o último monstro é morto. Os investigadores arrastam a carcaça das criaturas para o galpão e ateiam fogo no lugar usando gasolina.
Sem olhar para trás, eles deixam a fazenda imaginando qual foi o trágico destino do Sr. Harold Jennings. Em Clare Melford devolvem o automóvel e contam que Jennings morreu em uma explosão de dinamite, antes que chamem o xerife eles partem no trem com destino a Londres.

High in the Mound

24 de Novembro de 1928

O grupo composto do detetive Nathaniel Davemport, do Dr. Lawrence Sterne, o ilusionista Alan Morrison, do escritor Ralph Audrey Howard e do milionário indiano Arjuna Prajarayaran segue de trem rumo a Clare Melford. O diletante apresenta seu guarda costas pessoal, o Sr. Jack Malone, contratado para cuidar da segurança.
É uma boa chance do grupo descontrair e respirar ar puro, desfrutando da bucólica paisagem do campo. A viagem de trem não leva mais do que três horas. Logo, os investigadores desembarcam na pequena estação ferroviária de Clare Melford. Na estação contratam Tom, um taxista para mostrar os arredores, o rapaz indica o pub Holloways onde eles podem almoçar.

O tranquilo vilarejo de Clare Melford

O grupo segue para o pub lembrando que foi lá que Roby e seus associados se reuniram antes de seguir para a fazenda Jennings dois anos atrás. O Holloways é um típico pub de cidade pequena, o dono, Dick Blair se mostra solícito e convida os visitantes a experimentar seu bolo de carne e a cerveja preta. Arjuna é apresentado como um rico estrangeiro interessado em comprar fazendas nas cercanias, o grupo pergunta especificamente sobre a fazenda Jennings e recebe olhares desconfiados do taverneiro. Segundo Blair, o fazendeiro é um tipo excêntrico que odeia estranhos. Ele aconselha os forasteiros a procurar outro dono de terras para fazer negócios.

Não obstante, fica decidido visitar a fazenda Jennings, guiados por Tom em seu antigo automóvel 1908. As estradas que levam a fazenda Jennings são sinuosas e empoeiradas, a viagem é tudo menos confortável. Tom comenta que o Sr. Harold Jennings é um viúvo pouco sociável, que não gosta de visitantes, tampouco estranhos. Ele tem por hábito expulsar vendedores de suas terras. Ao se aproximar da fazenda, placas advertem para que estranhos fiquem longe da propriedade.
Tom estaciona diante da cerca de arame farpado onde dois cães ladram. Harold Jennings surge logo em seguida vestindo galochas, suspensórios e trazendo uma espingarda na mão. Ele não quer conversar e brandindo a arma manda que os forasteiros entrem no carro e vão embora do contrário soltará os cães. Nate e Howard tentam acalmá-lo dizendo que querem apenas conversar, mas o velho hermitão põe fim a qualquer diálogo atirando no painel do carro. "O próximo tiro vai em um de vocês!" ele esbraveja. Tom empurra o grupo para o carro enquanto Jennings continua gritando: "Vão embora daqui e não voltem! Não quero mais negócios com gente da cidade grande, vocês não prestam!"

De volta ao povoado o grupo se reúne no pub, onde conversa com o Sr. James Pembry um conhecido de Jennings. Pembry diz que Harold nem sempre foi o velho amargo que é atualmente. "Foi culpa de alguns estranhos que ofereceram a ele uma fortuna para ocupar a fazenda em um fim de semana dois anos atrás. Depois disso, Harold não foi mais o mesmo". Pembry não está a par dos detalhes, mas ele ouviu o fazendeiro reclamar que os estranhos haviam arruinado a fazenda. desde aquele fim de semana, a fazenda se tornou estéril, o solo improdutivo e a água contaminada. A mulher de Harold adoeceu e morreu ano passado, seu filho deixou a fazenda. Harold desde então se isolou e se converteu em um eremita.

Pembry conta que os estranhos pagaram muito dinheiro e que deixaram no morro dentro da propriedade estranhos monolitos de granito. Jennings odeia esses monolitos e os culpa pelas suas mazelas. Nisso, ouve-se um estrondo que os moradores dizem só pode ter vindo da fazenda. O som de explosivos. Pembry observa taciturno: "Esse velho louco, sempre disse que colocaria os monolitos abaixo com dinamite, mas eu achava que ele estava exagerando!".

Pembry concorda em acompanhar os investigadores novamente até a fazenda para que ele interceda. Tom aluga o carro e o grupo toma a estrada.

Londres, 24 de Novembro de 1928

Os investigadores decidem visitar a fazenda Jennings em Clare Melford onde segundo o detetive Vincent Tuck ocorreu uma reunião envolvendo Edwards, Roby, Quarrie e Bacon. Naquela manhã, o Dr. Lawrence Sterne recebe uma misteriosa carta que muda os planos do grupo.
A carta escrita com garranchos e erros de gramática é assinada por um certo Grey, de quem nada se sabe.
Caro amigo,

Eu o chamo de amigo, embora não nos conheçamos pessoalmente, o que espero possa ser remediado em breve. Creio que possamos ajudar um ao outro, pois temos objetivos comuns. O senhor e seus associados já devem saber a respeito do Sr. Edwards.

Devem saber que ele andava na companhia de A. Roby, Malcolm Quarrie e outros. Eles formam um seleto grupo que se auto-intitula “Irmãos do Símbolo Amarelo” e mexem com coisas inacreditáveis. Não os subestime como simples fanáticos, eles são extremamente perigosos e seus objetivos nefastos. Quarrie não está mais com eles, porém eles continuam sendo uma ameaça.

Em Londres, Edwards e os Irmãos contam com um aliado valioso. Um homem chamado Lawrence Bacon. Trata-se de um indivíduo do qual o senhor talvez já tenha ouvido falar. Bacon é um dos culpados pela atual situação de A. Roby. Bacon é vital para os Irmãos do Símbolo Amarelo e um homem terrível. Digo isso, pois conheço alguns de seus segredos. Não posso falar a respeito disso, sem fazer com eu o senhor pense que sou louco. Mas eu sei!

Bacon raramente deixa a sua casa na Liverpool Road em Islington. Ele o faz apenas uma vez por mês, na primeira noite de lua cheia. Seu caminho é sempre o mesmo, bem como o seu propósito. O senhor precisa saber com que tipo de pessoa está lidando e a única forma é vendo com seus próprios olhos.

Tome cuidado, como disse ele é muito perigoso.

Desejo-lhe toda sorte do mundo e anseio por um novo contato.

Seu criado,
Grey
Assumindo a possibilidade de riscos para sua família, o Dr. Sterne manda sua esposa Rebecca e as duas filhas para a casa de sua sogra em Winchester. Em seguida ele sai a tempo de encontrar os demais na Victoria Station. Lá Pietro decide ficar a fim de mostrar a carta aos que permaneceram em Londres.

Londres, 23 Novembro 1928

Os investigadores marcam um encontro no Hotel Savoy, onde Arjuna está hospedado para discutir seus próximos passos.

A notícia da morte do detetive Vincent Tuck tem um efeito bombástico, os investigadores temem por sua segurança. O Dr. Sterne, pessoalmente ameaçado por um homem nas ruas de Londres, pede ao detetive Nathaniel Davemport que fale com seus contatos e consiga uma arma. Davemport obtém duas armas de fogo calibre 32.

O grupo decide telefonar para o número de Lawrence Bacon e marcar uma visita a sua loja em Islington. Howard usa como pretexto a venda de um livro raro em seu poder (a primeira edição do livro "A Doutrina Secreta" de H.P. Blavatsky). Bacon morde a isca e marca a visita para as seis horas da tarde.

Pesquisas na Biblioteca de Londres:

Nathaniel, William, Lydia, Pietro e Arjuna decidem pesquisar a respeito do povoado de Clare Melford e saber o máximo de informações a respeito dele antes de fazer a viagem. Sobre o povoado eles apuram o seguinte:

Clare Melford

Clare Melford é um povoado basicamente agrícola localizado à cerca de 90 milhas de Londres. Fundado em 1780, Melford possui meros 400 habitantes distribuídos em fazendas nos arredores do povoado. Criações de ovelhas também são comuns. Trata-se de um típico povoado do interior da Inglaterra.
A melhor maneira de chegar a Clare Melford é por trem, uma vez que as estradas não são muito boas, sobretudo no inverno. Dois trens passam diariamente pelo povoado saindo da Victoria Station. O Primeiro sai de Londres às 8:55 da manhã e chega às 12:00 uma vez que faz uma volta por Wittham. O segundo trem segue direto saindo às 17:45 com chegada às 19:40.

Visita a Loja de Antiguidades de Lawrence Bacon:

No final da tarde, Noah, o Dr. Sterne, Alan Morrison, Patrick e Howard comparecem ao encontro marcado. Eles chegam pontualmente a casa que mais parece uma fortaleza com um alto muro de pedra circundando toda a propriedade. Cacos de vidro no alto do muro e várias trancas na porta mostram que o dono da casa é muito zeloso de sua segurança.

Um empregado negro que se apresenta como Luman atende a campainha após uma longa espera. O homem tem um forte sotaque estrangeiro mas os recebe de forma polida pedindo os cartões de apresentação. Ele pede que todos aguardem por Bacon na sala do mostruário. O lugar está abarrotado de mobília antiga, soturnas telas à óleo, cristaleiras e antiguidades de todo o tipo. Enquanto aguardam pelo negociante; Noah, Howard e Alan observam os objetos dispostos para a venda sob o olhar atento de Luman.

Não demora muito até que Bacon chegue. O antiquário é um indivíduo enorme, com quase dois metros de altura e mais de cem quilos. Ele tem uma espessa barba e cabelos compridos que caem sobre os ombros. Bacon veste um robe de veludo vermelho e cachecol. Ele se apresenta e trata da negociação do livro de maneira muito profissional.

Howard menciona que procura um livro chamado King in Yellow, mas Bacon informa que infelizmente ão possui esse título. Ele se limita a comentar que se trata de uma obra extremamente rara e difícil de ser conseguida. O Dr. Sterne menciona Alexander Roby, mas Bacon uma vez mais nega conhecimento desse nome. A impressão é que o antiquário está sondando os investigadores tentando descobrir o que eles sabem. Noah pede para ver os livros da coleção, mas o antiquário diz que o acesso a eles é restrito, em contrapartida pergunta qual livro o poeta procura. Noah pede para ver uma edição do Malleus Malleficarium editada em latim no século XVII. Howard negocia e arremata o livro por 80 libras.

A visita termina logo em seguida, Bacon pede que Luman acompanhe os convidados até a porta e deseja que eles possam fazer negócios novamente. Os investigadores sentem que há algo estranho no comportamento de Lawrence Bacon, mas não sabem identificar exatamente o que. Aliviados por deixar a casa, eles imaginam quais os segredos escondidos no segundo andar daquela escura mansão.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

A sessão de jogo

Foto da última sessão de jogo:

Em sentido horário da esquerda para direita: Job, Rafael (Icarus), Max, Paulo, Rodrigo e Luciano

22 de Novembro 1928

O grupo tenta obter mais informações de Edwards uma vez que descobriu seu primeiro nome: Montague.

Eles ficam sabendo que MONTAGUE EDWARDS é um negociante, um empresário bem sucedido residente de Mercy Hill, uma das regiões mais abastadas de Londres e que possui um negócio em Surrey. Ele trabalhava com importação de artigos valiosos trazidos do oriente.
Infelizmente, as informações obtidas, dão conta de que Edwards vendeu seus negócios e que não reside mais na sua mansão. Os vizinhos lembram dele como uma pessoa cordial e discreta, ele não deixou qualquer contato.

VINCENT TUCK - Davemport, Morrison, O´Malley, Murdoch e Pietro visitam a agência do detetive Vincent Tuck, que fora contratado por Grahan Roby para seguir seu irmão Alexander. O escritório modesto em Islington fica no segundo andar de um velho prédio.
Tuck parece ser um homem íntegro e profissional, quando questionado a respeito de seu trabalho para o Sr. Roby afirma que por uma questão de ética nãop ode divulgar o resultado de sua investigação. Depois de ser convencido pelo grupo de que seu objetivo é o bem de Alexander, Tuck aceita falar sobre o assunto.
O detetive abre seu arquivo sobre o caso e apresenta o que apurou:
- Ele seguiu Alexander por três semanas. Nesse período Alex esteve na companhia de três indivíduos: Montague Edwards, Malcom Quarrie e um certo Lawrence Bacon.

- A pesquisa de Tuck apurou que Edwards é um homem de negócios bem sucedido, Quarrie é um professor universitário na Pembroke e Bacon um negociante de livros e antiguidades em Londres. Destes ele parecia mais ligado a Edwards.
- Alexander visitou o Museu Britânico e a Biblioteca na companhia destes senhores. Parecia estar trabalhando em alguma pesquisa ou estudo. Ele tomou parte em reuniões na casa de Bacon. Essas reuniões terminavam muito tarde e o detetive não imagina qual a natureza delas. A casa de Bacon é uma mansão edwardiana com muros altos que serve também como seu local de trabalho. Ele só negocia suas mercadorias coom hora marcada e através de apresentação. (Tuck obteve o cartão de apresentação de Bacon)
- Finalmente Tuck revela que em meados de 1926 seguiu Alexander, Edwards e Bacon até a Victoria Station onde eles apanharam um trem para o interior. Ele seguiu o trio até um povoado chamado Clare Melford. Lá o trio encontrou Malcolm Quarrie e mais uma dúzia de indivíduos em um pub chamado Holloways.
- De lá, todos foram de carro até uma fazenda pertencente a um tal Jennings. Ele havia alugado o local para esses senhores. Tuck afirma que seguiu o grupo em seu automóvel e ficou nas imediações observando o que acontecia. Durante a madrugada, o detetive começou a ouvir sons estranhos, gritos e outros barulhos que o deixaram em estado de alerta. Um denso nevoeiro desceu sobre a fazenda e luzes apareceram no céu noturno. Assustado, Tuck desistiu de sua vigília e retornou a Londres disposto a se desligar do caso.
O detetive não sabe o que aconteceu na fazenda "mas com certeza foi alguma coisa sinistra" completa com uma expresão preocupada. Ele aconselha o grupo a abandonar a investigação e diz que não quer mais nada com o Sr. Roby, seus colegas ou com as estranhas atividades com as quais eles estão envolvidos.
O detetive os acompanha até a porta do escritório onde se despede.

HANDOUT - Carta do Dr. Lionel Trollope

Caro Senhor,

Escrevo logo após nos despedirmos de nosso encontro. Eu serei muito franco – e, por favor, perdoe qualquer incômodo que isso possa causar. Depois de nossa conversa, senti que o senhor – e seus associados - demonstra real preocupação com a situação do jovem Alexander e como amigos, desejam ajuda-lo. Assim sendo, resolvi depositar em vocês minha confiança. Além disso, sinto a necessidade de tirar o peso das minhas costas e compartilhar coisas que deixei de dizer anteriormente. Eu hesito em colocar essas informações no papel, mas não obstante prossigo.

Ao contrário do que possa parecer, estou ansioso por ajudar Alexander. Seu pai era um bom amigo, de modo que eu conheço o jovem desde criança. Ele é um rapaz decente, que, penso eu, foi vítima de circunstâncias infelizes.

Deixe-me começar relatando minha primeira visita a Alexander em St. Agnes, ocorrida em Junho de 1927. O Dr. Highsmith disse que na ocasião, Alexander não estava medicado e que estaria lúcido, comprovei que este era o caso, embora ele manifestasse episódios de confusão. Nossa conversa foi breve e estranha. Ele parecia bem diferente do rapaz que conheci. Uma das poucas coisas que ele relatou e que fez algum sentido, dizia respeito a um livro de sua autoria. Vocês podem não estar cientes disso, mas Alexander publicou anos atrás um trabalho chamado “O Andarilho no Lago”. Eu tenho em minha biblioteca um volume deste livro, embora jamais o tenha lido (seu conteúdo sempre me pareceu difícil de digerir). Ao voltar para Londres encontrei o livro e após iniciar sua leitura senti que era difícil coloca-lo de lado, embora ainda o achasse particularmente bizarro. Estranhamente, alguns trechos estavam em alemão, traduzi da melhor forma embora meu conhecimento do idioma seja limitado. Algumas passagens lembraram a conversa que tive com Alexander no asilo e pude compreender que esse livro é um dos motivos de sua atual instabilidade mental.

Minha segunda visita ao asilo aconteceu cerca de seis meses após a primeira, logo depois do Natal. Nessa oportunidade ele infelizmente estava sob o efeito de medicação. Frustrado, achando que minha viagem até o asilo seria improdutiva tentei uma experiência por conta própria. Eu havia trazido em minha valise algumas anotações sobre o livro e diante de Alexander comecei a ler os trechos. Não sei explicar exatamente o que esperava com isso, suponho que estivesse tentando provocar uma reação de algum tipo. Ao ler as passagens, percebi que havia chamado a atenção de Alexander e ele começou a repetir minhas palavras, sobretudo um trecho em alemão. Eu parei de recitar as palavras, mas ele prosseguiu em um ritmo cada vez mais rápido fazendo um estranho sinal com a mão. O que aconteceu em seguida é difícil explicar.

Ele continuava repetindo o trecho em alemão, até que me levantei para interrompê-lo, pois seu estado de excitação me assustou. De repente senti uma fraqueza e desmaiei. Quando despertei, haviam passado alguns minutos, um dos enfermeiros me ajudava e Alexander observava atrás dele. Sua expressão era triste e ele disse em um sussurro: “Sinto muito Doutor, o senhor não estava pronto para ver isso”.

Não posso deixar de suspeitar que Alexander saiba das circunstâncias misteriosas que cercam a morte de seu pai e irmã, e que essas mortes foram resultado direto do envolvimento de pessoa ou pessoas que o manipularam. Nos últimos anos Alexander esteve na companhia de um homem chamado Edwards. Este senhor é um bem sucedido empresário, com interesse em ocultismo. O pouco que sei a respeito dele, foi obtido através de informações colhidas por um detetive particular chamado Vincent Tuck, contratado por Grahan para saber das atividades do irmão pouco antes da tragédia. Eu temo que Alexander, se libertado, irá procurar por Edwards uma vez mais, o que poderia ser desastroso.

Sinto que fiz o certo ao compartilhar minhas impressões com o senhor. Não preciso pedir sua discrição nesse assunto, para o bem da família de Alexander e para sua própria segurança. Estou inteiramente à disposição para que possamos conversar mais. Contarei mais a respeito de minhas suspeitas quanto a Edwards, em um próximo encontro.

Por fim, relutei em falar a respeito do que vi enquanto estive desmaiado naquela cela do Asilo St. Agnes. Mas se vou confiar em você, devo relatar todos os acontecimentos, mesmo os mais inacreditáveis.

À medida que Alexander falava, eu percebi que não estava mais naquele lugar. Não sei explicar como; mas ao abrir os olhos era como se tivesse sido transportado para outro lugar, uma câmara muito maior, iluminada por tochas. As paredes de pedra cinzenta eram recobertas de estranhos hieróglifos dos quais nada pude compreender. Levantei-me sobressaltado e caminhei até uma ampla passagem que levava a uma varanda. De lá constatei que aquele salão fazia parte de um prédio muito maior e tive a vista de uma esplêndida cidadela, diferente de tudo o que já vi. Não pertencia a qualquer civilização que eu pudesse reconhecer. A paisagem era dotada de ruas largas, construções abobadadas e palácios magníficos. Rampas, escadarias de mármore, grandes obeliscos e colunas de pedra trabalhada. A cidadela ficava no centro de um imenso lago de águas escuras e plácidas. Instintivamente olhei para o alto e para meu horror lá encontrei uma série de estrelas estranhas e dois sóis: um vermelho e outro esverdeado despontando no céu noturno.

Foi então que senti uma inominável aura de ameaça ao meu redor. Uma esmagadora força invisível que parecia tomar ciência de minha presença. Aterrorizado deixei a sacada correndo para a câmara e em meu pânico sequer olhei para trás. Felizmente a visão começou a se dissolver diante de meus olhos e no momento seguinte não estava mais naquele lugar assombrado e sim na cela do asilo.

A única certeza que tenho é que essa experiência foi real e que por pouco consegui escapar de algo que veio ao meu encontro. Algo dotado de grandes asas de couro... Compreende agora por que era tão difícil falar a respeito do assunto?

Cordialmente,
Dr. Lionel F, Trollope

HANDOUT: Der Wanderer durch den See

A capa do Der Wanderer Durch den See
Escrito em inglês com trechos em alemão por A.R., editado em 1923 pela White Hall Press, de Londres.

Um livro pequeno, 15 por 10 cm, com 97 páginas, encadernado em tecido azulado, sem título na capa ou na espiral.O título, iniciais do autor, data, editora e a dedicatória homenageando Samuel
Taylor Coolidge se encontram na primeira página.

O texto bastante complexo é dividido em duas partes, intitulados Primeiro Ato e Segundo Ato. Ele descreve o que parecem ser os sonhos de um homem viajando a caminho de uma terra estranha acessada através de seu inconsciente. Ele é escrito em estilo de narrativa, embora alguns trechos contenham poesias e descrições vívidas. Os trechos com sonhos, escritos em alemão (sendo o restante do livro em inglês) focam em uma espécie de força ou poder que o homem tenta entender. Essa força, uma espécie de energia viva e consciente seria superior à humanidade e veria o progresso da civilização assim como nós enxergamos as formigas em um formigueiro. O sonhador se refere a esta força como “Kaiwan”, mas em mais de um momento se dirige a ela como “Aquele de quem não se fala”. Os sonhos ocorrem em um cenário distinto, em um tipo de cidade que seria a fonte de poder desta força buscada ao longo da intrincada narrativa.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Notícias Chocantes

Londres, 21 de Novembro de 1928

Na manhã seguinte, uma notícia chocante nos jornais preocupa os investigadores:

Howard e o Dr. Sterne concordam que a descrição do homem que assassinou o Dr. Trollope se aproxima muito do homem visto por eles recentemente. Para sua própria segurança, o grupo decide que é melhor seguirem nas investigações com cuidado e sempre em grupo. Pietro passa a andar armado.

DELIA MORTIMER (Hardston) - O´Malley consegue descobrir através do diretório telefônico o telefone de Delia e marca com ela um encontro em uma Casa de Chá. Delia comparece ao encontro com uma expressão preocupada. Ela diz que conheceu Alexander Roby em 1923 e chegou a ficar noiva dele. Ela reconhece o nome "Edwards" e afirma que esteve com Alexander em uma palestra sobre ocultismo presidida por este homem no Clube Enfield, em Middlesex no começo de 1925. Na ocasião, Alex teria ficado fascinado pelas idéias de Edwards.

Delia não sabia que o ex-noivo estava em uma casa de repouso e fica triste ao ser informada de suas condições. Ela casou recentemente e não deseja ver Alex novamente, embora não lhe deseje mal. Ela diz ainda que Alex lhe presenteou com um livro de poesias em alemão chamado "Der Wanderer Durch den See". Ela guardou o livro, mas se nega a emprestar aos investigadores o volume dando a desculpa de que não sabe onde ele está guardado.

Naquele mesmo dia, Morrison, Murdoch e Noah visitam a casa do dr. Trollope e conversam com a Srta. Hughes. Ela lhes informa que o Dr. Trollope antes de ser assassinado havia entregue a ela uma carta endereçada ao Dr. Sterne para ser colocada no correio. Em virtude da tragédia ela acabou esquecendo de cumprir essa obrigação. O grupo consegue convencê-la a entregar a carta em mãos. Enquanto Noah e Murdoch distraem a amável governanta que se dispõe a preparar alguns bolinhos na cozinha para as visitas, Morrison sobe as escadas e investiga a biblioteca do médico. Ele encontra o volume do "Der Wanderer" em meio a outros títulos em alemão. O mágico coloca o livro em seu casaco e retorna antes da govenanta terminar de preparar o chá.

De posse do livro e da carta póstuma, eles deixam a casa do médico.

Seguindo a pista deixada por Delia Morrison, Howard, Davemport, Lydia Barker e Arjuna visitam o Clube Enfield em Middlesex onde verificam o livro de palestrantes e eventos ocorridos no início de 1925. Eles descobrem que um dos palestrantes era um certo Montague Edwards, o tema escolhido por ele era "Religiões Antigas e sua relação com os Mitos dos dias atuais".

Investigações

CAPÍTULO 2 - A WALK IN THE PARK
Londres, 20 de Novembro, 1928

O grupo de investigadores se divide para pesquisar as pistas obtidas:

MALCOLM QUARRIE (Universidade Pembroke) - Na Pembroke, um grupo formado por O´Malley, Howard, Murdoch encontra-se com o detetive particular Nathaniel Davenport, um amigo de Noah Linner contratado para ajudar na investigação.
No Departamento de História Antiga, eles são informados de que o Professor Malcolm Quarrie não leciona mais na Pembroke. Seu substituto, o professor de cultura Anglo-Saxã, J.R.R. Tolkien (foto) os recebe e fala um pouco a respeito de seu predecessor que ele conheceu apenas em caráter profissional. Tolkien descreve Quarrie com um acadêmico brilhante, especialista em Culturas Ocidentais e Mitos Britânicos. Segundo o Prof. Tolkien, Quarrie teria pedido afastamento em virtude de seu casamento com uma escocesa chamada Hillary. Supostamente ele teria se mudado para a Escócia.
Uma pesquisa na Biblioteca da Pembroke encontra alguns trabalhos e teses de Malcolm Quarrie. Uma análise nesses trabalhos demonstram que ele é realmente um brilhante historiador. Howard compra um dos livros de Quarrie intitulado "British Gods: Religion and Myth in the Western Kingdoms of the Anglo-Saxon Britain", publicado pela editora da Pembroke em 1923. O livro, um tratado sobre religiões britânicas fascina o escritor.

Mais tarde, enquanto almoçam nas imediações, Howard e saudado por um desconhecido. Acreditando se tratar de um fã ele prefere apenas retribuir o cumprimento.

GRAHAN ROBY (Banco Coots & Co) - Arjura e Morrison marcam um encontro com o financista Grahan Roby (à direita), irmão de Alexander. Eles são recebidos em seu escritório na City. Grahan se mostra arredio às perguntas pessoais a respeito de sua família, ele parece ter vergonha da condição do irmão. Grahan conta que a internação de Alexander foi a solução para conter seu comportamento confuso, além disso, a interdição colocou fim aos seus gastos cada vez mais elevados. Grahan não sabe muito além das companhias de Alexander, mas suspeita que estas pessoas estariam manipulando seu irmão para obter dinheiro.

DR. LIONEL TROLLOPE (St. James Park) - O Dr. Trollope (à esquerda) recebe Noah e o Dr. Sterne em sua confortável casa no St. James Park. Ele é o médico da família há anos e um amigo íntimo de Herbert Roby. Embora Trollope pareça saber de informações vitais, ele se nega a revelá-las alegando que não pode comprometer a ética profissional entre médico e paciente. Noah faz amizade com a govenanta da casa, a srta. Enid Hughes que se mostra bastante simpática. Enfim, a visita não se mostra totalmente infrutífera, o grupo fica sabendo que Delia Hardstrom é o nome da ex-noiva de Alexander Roby.

No final do dia, o Dr. Lawrence Sterne é abordado na rua por um estranho à poucas quadras de sua casa. O homem esbarra nele e gratuitamente faz ameaças, chegando a mostrar uma faca. Ele adverte o médico e "seus amigos" para que parem de fazer perguntas e não se envolvam em assuntos que não lhes diz respeito. Consternado, o médico volta para sua casa temendo pela sua segurança e de seus familiares.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Um sonho perturbador

Na noite após a visita a Alexander Roby, Patrick O´Malley, William Murdoch, Alan Morrison, Ralph Lauren e Noah Linner tem um sonho em comum.
Você está em uma rua movimentada de Londres. É noite e você tem muita pressa mas outros pedestres que atrasam seu progresso. Apesar de sua pressa, a cada cem metros você para para verificar algo em seu bolso e se você não o perdeu. Trata-se de uma chave antiquada e enferrujada. Você segue em frente até que alcança um imenso portão d eferro batido em um alto muro de pedra. O metal é retorcido e escuro. Você apanha a chave e consegue abrir a fechadura. A porta se abre com um rangido e você avança.

Está escuro além do muro. Um odor enjoativo empesteia o ar, é um cheiro adocicado de fruta.
Você olha para trás e fica impressionado ao perceber como a cidade está distante. A lua cheia surge de trás das nuvens e você percebe que está em uma planície com algumas árvores esparsas. Você vê estruturas de pedra, como obeliscos pagãos. Um raio risco o céu e o vento sopra com força trazendo a certeza de que uma tempestade se aproxima. De repente, parece que você não está mais sozinho. Um sentimento de urgência o aflige e você tem que voltar. Você corre o mais rápido possível, ao longe vê o portão, mas ele está fechando. Você corre ainda mais rápido, mas suas pernas parecem cada vez mais pesadas e o portão mais distante. Em sua ânsia de chegar, você tropeça e cai. Nisso, o portão se fecha com um estrondo. Você sente um inominável terror irracional.
De repente, você não está sozinho. Ao se voltar, percebe que há alguém ali com você. É o Mensageiro Mascarado da peça "A Rainha e o estranho". Ele entrega um envelope e se dirige para o portão abrindo-o. ^Você cruza o portão e ao se afastar abre o envelope com as mãos trêmulas. Dentro dele com uma caligrafia rebuscada está escrito:
"Ele está vindo, o Rei Esfarrapado está à caminho! A terra será Carcosa e Carcosa será a Terra. Vá e avise os outros através de sua arte".
Uma voz feminina do nada pergunta então: "Você viu o símbolo amarelo?"
Você desperta em sua cama, suado e com o coração acelerado. O cheiro adocicado ainda pode ser sentido no ar. Você não consegue mais dormir essa noite. Sua cabeça está repleta de idéias, sua mente fervilhando. Você precisa fazer algo antes que enlouqueça... precisa transformar esses pensamentos em arte.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Entrevista com Alexander Roby

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Weobley (Londres) 19 de Novembro 1928
Alexander Roby ocupa um dos quartos da ala de observação do St. Agnes.

Assim que Evans anuncia que Roby tem vista, ele se volta para a porta perguntando por "Delia", e se mostra desanimado ao constatar que a visita não é quem ele esperava. Ao ser perguntado a respeito, ele diz que não quer falar a respeito de "Delia", nem mesmo dizer quem é ela.
Fica claro que Alexander Roby não está no controle de suas faculdades mentais. Ele é pouco coerente em seus pensamentos e é difícil seguir sua linha de raciocínio.
Os investigadores obtém as seguintes informações:
- Roby alega ter sonhos desde criança. Nestes sonhos ele é transportado para a cidadela de Carcosa em Aldebaram. Lá habita Kaiwan, o Rei Amarelo, uma entidade semi-divina que está prestes a retornar a Terra para dar início a uma Era de Iluminação e mudanças no mundo.
- Alex afirma que o retorno do Rei Amarelo trará grandes mudanças na Terra. Através dele o homem conseguirá atingir todo o seu potencial. Ele diz que não se trata de algo religioso, mas de uma mudança na maneira de entender o papel do homem no universo.
- Alexander confessa que no início tinha muito medo de suas visões. Ele só começou a entender o significado desses sonhos graças a ajuda de um homem chamado Edwards. Um estudioso do mito do Rei Amarelo que lhe abriu os olhos para o propósito de seus sonhos: "preparar o mundo para a vinda do Rei".
- Alexander não sabe precisar quando o Rei virá, mas ele sabe que o alinhamento está cada vez mais próximo. "Edwards e os outros" tentam precisar a data há anos, mas finalmente ela parece estar próxima. "Os sinais em breve poderão ser sentidos, agora algumas pessoas já sentem a presença dele. Artistas, profetas e visionários já sentem que a Nova Era está chegando".
- Malcolm Quarrie, um associado de Edwards, teria se desentendido com o estudioso quanto a certos aspectos do retorno de Kaiwan. O desentendimento, segundo Roby, dividiu o grupo, Quarrie teria se afastado para seguir suas próprias convicções. Alexander acredita que Edwards é um homem de visão e está certo. Ele admira Quarrie mas não compartilha de suas idéias.
- Alexander explica que o símbolo amarelo, apresentado na peça de teatro é o brasão do Rei de Carcosa. Ele ficou furioso ao ver o símbolo exposto daquela maneira: "Nem todos estão preparados para ter a visão!"
- Ele critica a peça dizendo ser ela uma fraude: "A vinda do Rei não dará início a uma Era de Terror, mas de maravilhas... um despertar!" ele diz. Mesmo assim, ele pede desculpas por ter agido da forma que agiu e afirma que esse comportamento não irá se repetir.
- Roby pede que os investigadores conversem com o Dr. Highsmith e com o Dr. Lionel Trollope, e intercedam para que ele seja liberado em breve. Ele afirma que Edwards está concluindo os preparativos e que os dois precisam conversar antes da chegada.
Preocupados com a sanidade de seu amigo, os investigadores deixam o asilo para retornar a Londres.

Visita ao Asilo St. Agnes em Weobley

Capítulo 1 - THE MADMAN
Londres, 19 de Novembro 1928



Os investigadores partem domingo pela manhã de trem com destino a Weobley. Na estação de trens um veículo dirigido por um enfermeiro de nome Evans os espera para levá-los até o asilo.

O Asilo St. Agnes é bem diferente do que se espera de uma instituição para doentes mentais nos anos 20. Não há muros, grades nas janelas ou segurança rígida. Os internos são bem tratados, passando por tratamentos alternativos que restringem o emprego dos temidos choques elétricos e drogas comportamentais. A equipe é bem treinada, tudo é imaculadamente limpo e os internos tratados com respeito. Não por acaso, o asilo é uma referência de tratamento e seu diretor recebe elogios da comunidade médica.


Evans conduz o grupo até o escritório do Dr. Charles Highsmith que os recebe gentilmente. Na entrevista com o médico, o grupo descobre as seguintes informações relevantes:
- Alexander Roby foi internado no St. Agnes em Dezembro de 1926. Os documentos de internação foram assinados pelo seu único parente e responsável, o Sr. Grahan Roby. O médico da família, Dr. Lionel Trollope supervisionou a internação.
- Os exames realizados demonstram que Roby sofre de Astrofobia e terrores noturnos. Ele também é acometido de alucinações. Ele vem sendo tratado com láudano e sessões de hipnose. Seu quadro de ansiedade também é preocupante. Highsmith não descarta a possibilidade de esquizofrenia. Durante as sessões Roby disse que em seus sonhos é transportado para uma cidade chamada Carcosa habitada por uma entidade superior, o Rei Amarelo. Lá ele recebe visões sobre o retorno dessa figura mítica.

- As crises de Roby são mais intensas entre os meses de Outubro e Dezembro, quando ele precisa muitas vezes ser sedado. O médico afirma no entanto que ele não é violento. Highsmith se interessa muito por essa peculiaridade que ele batizou de "Mania Sazonal". O médico não crê na hipótese de Roby estar envolvido na morte do pai e irmã. Ele, no entanto, guarda um enorme sentimento de culpa pelo ocorrido.

- A fuga de Roby aconteceu no começo da noite aproveitando um descuido de Evans. Roby anteriormente havia pedido permissão para assistir uma peça teatral da qual soube pelo jornal. Ele roubou o sobretudo de um enfermeiro e escapou pelo jardim. Para chegar a Londres pegou carona.

- O Dr. Sterne pede ao Dr. Highsmith para verificar o quarto de Alexander que está temporariamente isolado. No quarto encontra vários livros d epoesia, alguns papéis e anotações mas nada de muito interesse. O interno que ocupa o quarto ao lado de Roby é um senhor chamado Lucius Harriwell. Ele fala a respeito dos sonhos de Roby e comenta que ele fala "coisas malucas" enquanto dorme. Deixado de lado, Harriwell volta para seu quarto.

Notícias e Recepção


Londres, 18 de Novembro 1928

Como esperado, os jornais trazem matérias sobre os acontecimentos no Scalla durante a première da peça "A Rainha e o Estranho".

O caderno de entretenimento do London Times trás uma crítica devastadora sobre a peça. Em linhas gerais, o crítico aconselha Talbot Estus a procurar outra ocupação pois dramaturgia não é seu forte. Os comentários no Daily Times também são contundentes, a peça é comparada a um "trágico acidente ferroviário cuja vítima é o público".

Os jornais destacam também o distúrbio ocorrido no teatro e atribuem a confusão a fumaça utilizada nos efeitos cenográficos. A fumaça teria causado a impressão de que o teatro estava em chamas o que despertou o pânico na multidão. O jornal afirma que algumas pessoas foram presas e que outras tiveram ferimentos leves. Nenhum jornal menciona a prisão de Alexander Roby. A jornalista Lydia Barker que escreveu uma matéria incluíndo o nome de Roby se surpreende ao descobrir que o parágrafo em que ele era citado simplesmente foi censurado.

O Dr. Sterne telefona para o sanatório St Agnes e conversa brevemente com o Dr Highsmith que convida ele e os amigos de Roby para fazer uma visita na manhã seguinte. sterne entra em contato com os outros e combina uma viagem até Weobley amanhã cedo.
Soirè no Hotel Bloominton

Apesar dos acontecimentos na noite de estréia, a recepção ocorre com um pequeno número de constrangidos convidados. O elenco da peça comparece ao salão de festas em um clima pouco festivo.

Howard, O´Malley, Murdoch e Morrison conversam brevemente com a atriz principal da peça, a Sra Hannah Keith que se diz indignada com os acontecimentos. Ela comenta que desde o princípio tinha um mal pressentimento sobre essa peça por ela ser bizarra. Ela diz que chegou a ter pesadelos sobre a peça e seu contúdo mórbido.

Durante a recepção corre o rumor de que a peça será cancelada e que Estus está enfrentando a ira de seus patrocinadores. Ele discute com o dono do Scalla furioso com a desordem. Fica claro que futuras apresentações não irão acontecer.

Os investigadores conseguem conversar com Estus a respeito da peça. Ele garante que não esperava aquela reação do público e que não entende o que aconteceu. "Obras de arte devem causar uma reação nas pessoas, mas eu não imaginava que haveria violência." diz ele.

Estus confidencia que "A Rainha e o Estranho" é uma adaptação de uma peça francesa escrita por Gaston Castaigne, um obscuro dramaturgo do século XVIII. A montagem chegou a ser encenada em Paris, até ser proibida pelo próprio Napoleão III que a considerou imprópria. O texto original foi inspirado pelo livro "Le Rois en Jeune" ou "O Rei Amarelo", uma obra que Estus adquiriu em um leilão na América. Ainda a respeito da peça, ele afirma ter escrito o texto a partir de sonhos recorrentes e que a considera uma obra prima que ainda será recohecida como tal.

O que vocês sabem sobre Alexander Roby

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ALEXANDER ROBY

Alexander Roby nasceu em londres em 1898, em uma tradicional e próspera família da alta sociedade inglesa. Seu pai, Herbert era secretário do Ministério das Relações Exteriores e em virtude de seu trabalho a família morou em vários países entre os quais Holanda, Itália, Grécia e por um curto período de tempo no oriente. Roby estudou nos melhores colégios e decidiu seguir a carreira nas artes influenciado por sua mãe, Lady Eleanor Roby, uma conhecida patronesse das artes. Alexander tentou a pintura e a escultura, mas encontrou sua verdadeira vocação na poesia. Seu estilo clássico e melancólico valeu-lhe a alcunha de "Novo Byron" e seus trabalhos foram publicados com regularidade na sessão de poesia e arte o London Times. Admirado nos círculos literários e elogiado nas rodas de artistas, Alexander logo se converteu em um habitué em festas e vernissages.

Em 1923, passou a frequentar a Sociedade de Prometeus, apresentado por George Bernard Shaw. Lá vocês o conheceram. Ele compareceu a diversas reuniões e saraus e sem aparente motivo se desligou da sociedade em meados de 1925.

Vocês se recordam dele como sendo uma pessoa inteligente, agradável e refinada, dado a tiradas sarcásticas e dono de um senso de humor ácido. Tido como um verdadeiro dândi, Alex como é chamado pels amigos era cobiçado pelas moças da alta sociedade como um bom partido. Ele fala vários idiomas, é culto, rico e se formou pela conceituada Escola Preparatória de Eaton.

Buscando informações sobre Roby e sua família, Lydia Barker encontra a seguinte notícia no arquivo do jornal:

ASSASSINATO EM MANSAO DE MAYFAIR

Um duplo assassinato foi cometido na noite passada na mansão de propriedade do Sr. Herbert Roby, no número 4 da Curzon Street, Mayfair. A polícia foi chamada à casa aproximadamente às 22:45 pelos empregados que haviam acabado de encontrar os corpos de dois membros da família: o Sr. Herbert Roby e sua filha a srta. Georgina Roby. A polícia informou que o crime parece ter sido obra de ladrões apanhados em flagrante pelo dono da casa e sua filha. Ainda assim, um membro da família foi detido para prestar depoimento. O Sr. Roby de 64 anos , era aposentado da Secretaria do Ministério do Exterior e pai do conhecido banqueiro Grahan Roby que estava fora da cidade à negócios na ocasião. As autoridades continuam em busca dos culpados por esse terrível crime.

O jornal é de 15 de Outubro - 1925

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Avant Première

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Londres, 17 de Novembro de 1928

Alguns investigadores fazem parte de um seleto clube chamado "Sociedade de Prometeu", um grupo de damas e cavalheiros estusiastas das artes e comprometidos com a realização e divulgação de eventos culturais em Londres. O nome da sociedade remete a lenda grega de Prometeu, o mortal que roubou o fogo dos deuses e o trouxe à humanidade. Assim como ele, a sociedade se destina a buscar através da arte a chama do conhecimento e da civilização.

Dois membros da Sociedade, o ator William Murdoch e o músico Patrick O´Malley são conidados para participar de uma montagem teatral da Companhia dos Novos Atores. O grupo é comandado pelo controverso diretor americano Talbot Estus. Sua mais nova peça entitulada "A Rainha e o Estranho" terá sua noite de estréia no Scala Theater em Charlote Street. Murdoch fará um pequeno papel, enquanto O´Malley substitui o pianista originalmente escalado para trabalhar com a orquestra.

A peça, envolta em mistério, é anunciada como "uma fantasia gótica em dois atos", baseada em um texto original francês.

Murdoch convida seus amigos da Sociedade Prometheu, entre os quais o escritor Ralph Audrey Howard, o ilusionista Alan Morrison e o poeta Noah Linner para a apresentação. Ele também chama seu psicólogo e confidente o Dr. Lawrence Sterne. Patrick estende convite ao seu amigo, o diletante indiano Arjura Singh Prajarayaran. A colunista do Daily London, Lydia Barker, também recebe um convite enviado por Murdoch. Os convites também se aplicam a soirè no Hotel Bloominton que ocorrerá após a peça. Na noite de abertura, um bom público comparece ao Scalla. Os convidados da Sociedade Prometheu ocupam a primeira fila, bem próximo do palco.

Pontualmente às 21 horas, as cortinas se abrem após uma bizarra overture tocada pela orquestra. Uma estranha peça começa então a ser encenada.

A história é sobre o dilema de uma Rainha chamada Cassilda que deve escolher entre um de seus filhos para sucedê-la no trono do reino fictício de Ythill. Cassilda é avisada por seu conselheiro real, Naotalba, do surgimento da cidadela de Carcosa no centro do Lago Hali o que sinalizaria com a chegada de um novo monarca, o Rei Amarelo. Este Rei, envia então um estranho mensageiro corcunda com um ultimato para que Ythill se submeta a sua vontade.

A peça causa uma estranha reação no público que assiste a confusa estória sem compreender inteiramente o que se passa. Alguns dos presentes simplesmente se retiram no final do primeiro ato.

Os investigadores assistem ao ato final quando as emoções do público se tornam ainda mais intensas. A derradeira cena envolve um baile de máscaras em que o Mensageiro Corcunda anuncia a chegada do Rei Amarelo em pompa e circunstância. Ele surge no centro do palco envolto em fumaça e forte iluminação e toma seu lugar como senhor de Ythill. A música se torna cada vez mais selvagem e atinge o climax quando o brasão do Rei Amarelo é exibido no palco.

Algumas pessoas desmaiam, outras gritam. Os investigadores não ficam impassíveis diante da visão perturbadora que parece queimar em suas mentes, provocando um misto de horror e fascinação. O distúrbio se espalha pelo teatro em uma onda de selvageria que varre os assentos despertando pânico e correria. Pessoas são pisoteadas, brigas se iniciam, alguns fitam impassíveis, enquanto outros choram copiosamente.

Um homem age de forma ainda mais exaltada, ele corre na direção do palco e se pendura na cortina gritando como um insano: "Impostores! É mentira! O Rei virá! O Rei Amarelo virá trazendo uma nova era!" seus gritos atraem a atenção dos investigadores que reconhecem o homem como sendo o talentoso poeta Alexander Roby, um dos membros fundadores da Sociedade Prometeu. Eles não tinham notícia dele há anos.

A polícia chega logo em seguida, prendendo arruaceiros e apartando brigas. Roby é contido por dois policiais. Ele reconhece Howard e faz um débil pedido de ajuda antes de desmaiar. Os policiais questionam o escritor a respeito do homem sob custódia e quando são informados que se trata de Alexander Roby, um detetive comenta que ele é um fugitivo do Sanatório St Agnes.

Com a chegada da polícia, o teatro é esvaziado e algumas pessoas são presas por vandalismo e agressão. Roby é escoltado até a delegacia na Bow Street onde passa por um exame acompanhado pelo Dr. Sterne que imediatamente se interessa pelo estado mental do rapaz. Sterne consegue extrair algumas palavras sem sentido de Roby que fala a respeito do "retorno do Rei Amarelo" e de "estrelas que estão próximas de um alinhamento".

Os policiais avisam que Roby será transferido de volta ao Asilo st Agnes em Weobley onde ficará sob os cuidados do conceituado Dr. Charles Highsmith. Perturbados com os eventos da noite de estréia os investigadores voltam às suas casas.

sábado, 6 de setembro de 2008

Prólogo - Opening Night

O Início

Grandes coisas, dizem, tem começos discretos.

Quem poderia supor que eventos tão marcantes teriam início com a inocente estréia de uma peça teatral no West End londrino. http://www.arthurlloyd.co.uk/Scala.htm

A peça "A Rainha e o Estranho", adaptada pelo dramaturgo norte-americano Talbot Estus fará sua avant-première amanhã. Os investigadores estão convidados.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Background II

Para aprofundar um pouco mais o background de seu personagem tente responder ao menos algumas perguntas a respeito deles:

Quais escolas ou universidades seu personagem frequentou? Quais cursos ou aulas eletivas ele atendeu? Ele estudou com algum tutor de renome?

Seu personagem possui três amigos pessoais que podem ser usados como contatos. Escolha uma área em que cada um desses colegas é influente: governo, finanças, artes, cortes de justiça, igreja, sociedade, medicina, militar, mídia, academia etc... Esses amigos podem ser úteis durante investigações, seja cuidadoso ao escolher cada um deles.

Seu personagem teve experiência militar? Ele serviu em algum conflito? Em que posição? Ele foi ferido? Recebeu alguma menção honrosa?

Quem são os membros de sua família? Tente escrever e definir brevemente quem são os membros mais próximos de sua família, vivos ou mortos. Comece com seu pai e mãe, irmãos e irmãs, avós ou parentes distantes dignos de nota. Seu personagem é casado, viúvo ou separado? Tem filhos?

Seu personagem faz parte de algum grupo social como um clube ou sociedade? A Inglaterra possui diversas instituições sociais devotadas às mais variadas atividades sociais desde filantropia, até estudos acadêmicos, passando por grupos sociais que recebem damas e cavalheiros.

Qual a sua origem? Onde seu personagem nasceu e onde cresceu? Como é sua cidade natal? De onde vem a sua família? Há indivíduos importantes com seu sobrenome?

Qual a religião de seu personagem? Seu personagem é religioso?

Quais os lugares que seu personagem conhece? Ele já esteve em outros países seja a negócios ou prazer? Ele conheceu outras culturas? Esteve em contato com estrangeiros?

Como é seu personagem fisicamente? Determine as características físicas de seu personagem. O ideal é se basear em alguma personalidade, um ator ou atriz conhecida para que se tenha uma imagem perfeita de seu investigador.

Determine aspectos da personalidade de seu personagem. Ele é quieto, agitado, elegante, seguro, cavalheiro, intelectual, gentil, cortês, impulsivo, impetuoso, arrogante, humilde? Escolha de três a cinco características da personalidade de seu personagem.

Backgrounds mais trabalhados receberão alguns benefícios antes do início do jogo. Além disso personagens com um histórico mais completo sem dúvida terão destaque no decorrer da campanha.

Background

Algumas informações a respeito da campanha Tatters of the King:
Personagens: Tatters é uma campanha longa e com diversos perigos. É possível que no decorrer da campanha alguns personagens sejam eliminados. Para facilitar a inclusão de novos personagens cada jogador criará três investigadores. Isso não significa que o jogador será obrigado a usar os três personagens ao mesmo tempo, mas em determinados momentos ele terá de escolher qual deles desempenhará determinada função. Enquanto um deles está agindo, os outros estarão fazendo pesquisas, investigações menores ou envolvidos em seus próprios afazeres.
Um dos personagens obrigatoriamente deve ter uma ligação com o mundo das artes. Um pintor, poeta, ator, músico, escritor, escultor etc... este personagem será muito ativo na primeira metade da campanha. Alternativamente, o personagem não precisa necessariamente ser um artista, mas alguém envolvido com atividades artísticas direta ou indiretamente. Um agente de talentos, um crítico conceituado, um diretor, um editor.
O segundo personagem deve ser alguém ligado a esse primeiro. Um colega, parente, assistente, amigo íntimo, empregado de confiança ou algo do gênero. Tenha em mente que essa pessoa é alguém em quem seu personagem confia.
O terceiro personagem deve ser um amigo de confiança de um dos outros dois personagens. O tipo de pessoa que se arriscaria por ela e que não se importaria de ir até as últimas consequências para ajudar ou apoiar o personagem. este será mais importante na etapa final da campanha quando a ação é movida para a India.

Ocupações: Todas as ocupações do livro básico estão disponíveis. Tenham em mente apenas o fato de que os personagens vivem ou tem negócios na Inglaterra.

Nota: É interessante que ao menos um personagem do grupo seja um praticante da atividade médico psiquiátrica.


Nacionalidade: Ingleses são a nacionalidade base. Nada impede que os personagens tenham outras nacionalidades, mas dêem preferências a súditos do Império ou seus aliados.

Recursos: Considerem que seus personagens são parte ao menos da classe média de Londres. Eles possuem recursos financeiros estáveis na forma de imóveis, negócios, ações, jóias ou contas bancárias e estão acima da maioria da população economicamente ativa. Depois vamos definir onde o personagem mora e quais as suas fontes de renda.
Experiência com o ocultismo: Não é necessário que os personagens tenham conhecimento oculto, mas é interessante que ao menos um deles tenha a mente aberta e curiosidade sobre o tema.

domingo, 24 de agosto de 2008

Criação de Personagens


Olá para todos, a seguir algumas diretrizes para a criação de personagens para a campanha "Tatters of the King".

A idéia central da campanha é que os jogadores criem personagens dos quais gostem e com os quais tenham prazer em jogar. A fim de facilitar as coisas, pretendo permitir que os jogadores customizem as suas fichas de forma a dar aos personagens o formato desejado.

Como experiência, vou utilizar um sistema de regras inspirado no Basic Roleplaying (BRP) da Chaosium a fim de estabelecer os atributos básicos.

De acordo com esse sistema, os personagens tem a sua disposição 40 pontos que podem ser alocados nos 10 atributos básicos. Cada atributo já se inicia com valor estabelecido em 10.
  • Para aumentar os atributos Strength (STR), Constitution (CON), Dexterity (DEX), Appearance (APP) o custo é de um ponto para aumentar em um o valor básico.

  • Os atributos Size (SIZ), Inteligence (INT), Power (POW) e Education (EDU) custam dois pontos para que um seja aumentado.
Personagens com 40 anos ou mais, recebem para cada fração de 10 anos um ponto de EDU. Maturidade, entretanto, tem um custo: a cada ponto recebido em EDU subtraia um de algum dos atributos físicos (STR, CON, DEX, APP) à sua escolha.

As Skills funcionam da seguinte maneira:

  • Para as Habilidades Ocupacionais, multiplique a EDU x20
  • Para as Habilidades Gerais multiplique a INT x10.
Habilidades em Idiomas (Other Language) tem um custo reduzido. Cada ponto alocado é multiplicado por 2. (Ex: 10 pontos gastos em alemão, fornecem 20% no idioma).
As habilidades dos personagens durante a fase de criação não devem ultrapassar 75%.